Ana Lúcia (Denise Fraga), após vinte anos de casamento, sente que precisa de mudanças e juntamente com o seu marido Fábio (Domingos Montagner), decidem se separar para avaliar se conseguem reinventar o amor um pelo outro ou seguem caminhos diferentes. Os dois acabam enfrentando outros problemas como a mudança da filha para longe deles e crise nas carreiras profissionais.
Com Denise Fraga, Domingos Montagner, Marisa Orth, Manoela Aliperti, Juca de Oliveira, Fulvio Stefanini, Laura Cardoso, Laila Zaid e mais.
Título original: De onde eu te vejo
- Data de lançamento: 07 de abril de 2016 (Brasil)
- Direção: Luiz Villaça
- Roteiro: Leonardo Moreira, Luiz Villaça e Rafael Gomes
- Gênero: Romance e Comédia
- País: Brasil
- Duração: 90 min
- Classificação: 12 anos
- Orçamento: $ -
Personagens em destaque: Ana Lúcia Denise Fraga
, Fábio Domingos Montagner
e Manoela Manoela Aliperti
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Desde já, tenho que dizer que é um bom filme. Atende bem ao propósito de comédia e romance.
A química entre o casal é muito boa e mais a filha se apresentam sem deixar dúvidas que são uma família. O drama fica mais por conta da Denise Fraga e a comédia por conta do Domingos Montagner, fazendo um bom equilíbrio. E o mais interessante que quando os sentimentos são trocados pelos personagens, também se mantém em um bom ritmo.
É bem interessante a visão que se tem pela protagonista, diferente de muitos romances que se vê nas telonas e nos traz para a realidade que vemos mais frequentemente. Se trata de uma pessoa que começa querendo mudar o mundo e anos depois se vê apenas seguindo a maré, buscando desculpas para explicar o que levou a não conquistar o que queria e soluções superficiais para melhorar.
O filme nos leva junto com a protagonista, a entender que precisamos as vezes parar e olhar para dentro de si. Nem sempre os problemas estão em coisas externos. É muito bacana de como é transmitido essa mensagem. O longa transmite a ideia que as vezes devemos parar e olhar bem as decisões que tomamos.
Quantas pessoas apenas seguem a maré sem perceber? Quantas sabem que estão fazendo as coisas no automático e se frustram, anos depois?
Uma pessoa morre, e você queria dizer muitas coisas. Um amor é perdido, e se arrepende de ter não ter feito algo antes. Você quer mudar o mundo, mas anos depois se vê em meio as desculpas que o mundo é da forma que vê e não se pode mudar.
Um longa bem trabalhado e com boas atuações. Talvez o ritmo um pouco lento, mas nos coloca dentro do ambiente, se fazendo necessário, para melhor perspectiva.
Um filme que recomendo para casais e solteiros, por se tratar de uma questão de reflexão. Eu sou solteiro e quero mudar o mundo, mas tenho que parar e pensar que essa ideia não muda em um relacionamento. Conheço algumas pessoas radicais, que a bandeira que levantam é não precisar de um cônjuge, que isso é uma opressão da sociedade e etc.. E outros que acabam entrando em uma rotina que anos depois, pode ser frustrante. E minha interpretação do longa, é que independente de ser solteiro ou casado, se precisa pensar nas escolhas.
Uma protagonista que queria mudar o mundo, sendo arquiteta. Se esquece dos momentos de felicidade com o marido no início do relacionamento e se vê 20 anos depois, trabalhando para demolir prédios e presa em hábitos seguindo astrologia e coisas do tipo para ter sorte e felicidade. E temos a personagem de Marisa Orth, com quase 50 anos, que perde o emprego e se vê no fundo do poço, sem ter um companheiro, por seguir a vida achando que só precisa de ficantes.
Conclusão
Não se trata de se é melhor viver solteiro ou casado e sim, de escolhas. Solteiro ou casado, você pode ser infeliz ou não. O que não pode, é deixar a ficar seguir sem controle e se frustar quando for tarde. Isso pode refletir nos filhos ou nos amigos próximos e ninguém ganha com isso.
Então, veja o filme e reflita sobre você.